Pneumologia

Pneumonia: o que deve saber?

By Outubro, 2020 Novembro 15th, 2021 No Comments

A pneumonia é uma infeção comum do parênquima pulmonar que pode ser  causada por múltiplos agentes (bactérias, vírus, fungos), sendo um dos mais comuns a bactéria Streptococcus Pneumoniae. A infeção leva a um preenchimento dos pulmões por líquido e detritos celulares que dificultam as trocas gasosas, o que pode causar dificuldade respiratória. O espectro da doença pode variar de ligeiro a muito grave.

Esta infeção é uma causa frequente de internamento hospitalar em Portugal e  uma das principais causas de doença aguda em todo o mundo. Apesar de poder atingir qualquer grupo etário e faixa sociocultural, é mais frequente nos meses de Inverno e em populações de risco (crianças, idosos, doentes imunossuprimidos, doentes com comorbilidades cardiovasculares e/ou respiratórias e pessoas residentes em lares/instituições de saúde).


Os sintomas mais comuns são a tosse, febre, dificuldade respiratória e dor torácica. O diagnóstico depende sempre da história clínica e exame médico e a radiografia pulmonar é um exame comum que pode ajudar a confirmar a doença. O local de tratamento depende da gravidade da doença podendo, em alguns casos, exigir internamento hospitalar. Este tratamento é direcionado para o agente causal suspeito podendo ser variável e passando pela administração de antibióticos, hidratação, analgésicos, antipiréticos, oxigénio, entre outros. A recuperação pode levar desde poucos dias a algumas semanas.

Tão importante como o tratamento é a prevenção. A vacinação é fundamental, tendo como objetivo proteger da forma mais agressiva da doença. Existem duas vacinas que podem ser administradas: vacina da gripe e vacina anti-pneumocóccica.

Apesar de serem recomendadas na população geral, estas vacinas são especialmente importantes nos grupos de risco: idosos, pessoas residentes em lares ou instituições de saúde, doentes imunossuprimidos, grávidas, doentes com patologia crónica e prestadores de cuidados de saúde. Para além disto, a prática de exercício físico regular associado a um estilo de vida saudável e à cessação tabágica contribuem para a menor incidência desta patologia.

Em caso de dúvidas acerca desta patologia e da sua prevenção e tratamento, deve informar-se junto do seu médico assistente acerca de quais são as opções mais adequadas à sua situação.

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